Situação x Oposição - A política nas igrejas e suas consequências.
Baseado em Números 16:1-40
”Assim que Moisés acabou de dizer tudo isso, o chão debaixo deles fendeu-se e a terra abriu a sua boca e os engoliu juntamente com suas famílias, com todos os seguidores de Corá e com todos os seus bens. Desceram vivos à sepultura, com tudo o que possuíam; a terra fechou-se sobre eles, e pereceram, desaparecendo do meio da assembléia. Diante dos seus gritos, todos os israelitas ao redor fugiram, gritando: ‘A terra vai nos engolir também!’ ”
Números 16: 31-14Um leão na áfrica estava faminto, e buscando a sua presa encontrou uma zebra, perseguiu sua vítima, a alcançou, lutou com ela e a matou.
Depois, de ter saboreado sua suculenta carne, já estava farto e satisfeito, então, largou o resto e foi embora. De longe um grupo estava distante contemplando a cena, ou melhor, a janta, era um grupo de hienas.
Este grupo era muito peculiar, era um grupo que temia desafios, gostavam de carne fresca, mas, não tinham coragem suficiente para caçar uma presa, por isso, contentava-se com as migalhas deixadas pelo leão. Mas, havia um problema, era pouca carne para muitas hienas, e logo perceberam isso. Começava ali uma batalha sangrenta por restos de carne e ossos.
Esta é uma situação bastante comum nos dias de hoje, gente tão pequena que tem pensamento de hiena. Gente que não consegue ver um palmo a frente do nariz, onde sua referência é o próprio umbigo. Talvez estas palavras podem soar pesadas, mas, é tão óbvio as recompensas de uma união em Cristo como as maldições de uma dispersão satânica. Onde há discórdia, disputas e brigas, neste ambiente fica impossível a manifestação do Espírito Santo, assim, levando a atitudes trágicas. Na Bíblia tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento, existem exemplos de gente que experimentou os dois lados da questão.
Era o ano 1471 a.C, o povo já estava caminhando por pelo menos 20 anos no deserto. Os que eram crianças naquela fantástica façanha do Mar Vermelho, provavelmente já eram pais, quem eram jovens casais, já estavam entrando na meia idade, seus filhos já são jovens ou estão na adolescência, alguns já estavam na terceira idade, e suas roupas, não ficavam apertadas e nem mesmo rasgavam, suas sandálias cresciam, e muitos até já morreram durante a dura vivência no deserto. E lá estavam Moisés e Arão liderando o povo.
Eis que o livro de Números é uma mescla de fatos históricos com orientações quanto as leis cerimoniais, além de conter relatos genealógicos. Moisés inicia o décimo sexto capítulo com sentimento de insatisfação de parte do povo, tendo destaque para três deles, Coré, Datã e Abirão. Eis que eles aparecem com mais 250 homens, que eram príncipes, homens que teoricamente eram da confiança de Moisés, pois, eram representantes de todas as tribos, e tinham bastante influência, já tinha uns 19 anos que havia ocorrido o episódio dos doze espias onde dez destes doze instigaram a multidão e colocaram o povo contra Deus, e condenaram o povo a quarenta anos de peregrinação e sofrimento pelo deserto, andando em círculos. E já estavam ao meio do caminho.
A inveja havia tomado conta daqueles homens, e conseqüentemente começam as murmurações e as dúvidas. Corá/Coré estava agindo “ Em nome de Deus”, tentando levar o povo a duvidar das intenções de Moisés e Arão, mas, na realidade estava era tentando se promover.
Muitas são as igrejas do século XXI que estão com gente com a mesma linha de pensamento de Corá. Existem muitos que querem liderar grupos de pessoas ou comunidades, mas, Deus é quem conhece cada pessoa e sua capacidade de liderança, o autodomínio, é um exemplo de liderança, e principalmente se permitir ser liderado é a maior prova de demonstrar que está apto a liderar.
Gente com mente de hiena é aquele que conspira pelas costas tentando apunhalar seu líder pelas costas, é gente que não olha para o seu departamento ou ministério e dando palpites no ministério alheio, e, é gente que não trabalha e não deixa ninguém trabalhar, pois, intitula ser o dono do departamento, mal vê que essa ajuda é benéfica para si mesmo. Este tipo de pessoa não cresce, pois, pensa que o seu companheiro de trabalho quer lhe roubar a cena, e não aceita opinião de ninguém. São pessoas que tem o perfil exato que interessa ao inimigo.
Corá pensava exatamente assim, queria mostrar muita coisa, mas, estava mais preocupado em tomar o poder do que preparar-se para ser um líder algum dia. No texto, também mostra a reação de Moisés ao ouvir e ver estas declarações, a primeira reação do líder atacado em questão era de vergonha e tristeza, pois, estava mais uma vez revivendo a mesma cena que os sentenciaram há 19 anos. Depois escuta atentamente o desafio do rebelde, e neste desafio estava o ato de colocar fogo no incenso perante a presença de Deus. No caso, este desafio incluía trazer fogo estranho perante a presença do Senhor, fato esse, que custaria a vida daqueles que trazem vergonha e discórdia a casa do Senhor.
Toda situação que envolve tal rebelião, é evidente a falta de oração por parte da parte reclamante, geralmente para se acusar alguém por tamanha gravidade deve ter provas e não especulações, como, é evidenciado neste caso, e comumente é feito dentro das igrejas. A partir do momento em que se cria uma oposição a um ungido de Deus, mesmo ele sendo um indivíduo que é mau perante o Senhor, conseqüências gravíssimas aos que lhe opõe. Demonstra que cabe a Deus por e tira os líderes, e não ao homem.
Conspirar não é de Deus, pois, quem conspira geralmente não ora, se ora, ora incorretamente, pois, vê na pessoa seu inimigo e esquece-se que ele é tão vítima do pecado como ele. Necessita-se de pessoas mais intercessoras do que conspiradoras. Pois acabam dizendo coisas, inventando coisas, passando a serem tão mentirosas que acreditam na própria mentira. No relato anterior, por exemplo, Datã e Abirão sugeriram que Moisés era desonesto, enganador e ladrão, acusando-o apenas por suposições colocando-o contra o povo, desgastando-o emocionalmente e até fisicamente.
Infelizmente nas igrejas situações como essas sempre estiveram presentes. Na época dos juízes, dos reis, da Igreja apostólica, sempre houve rebeldes que preferiam a morte de que reconhecer a soberania de Deus e lutaram contra os Ungidos de Deus.
Neste relato, o que se vê é que murmurações seguidas de conspirações políticas, são tidas como fogo estranho no altar de Deus, é como se estivesse dando a oferta de Caim, a oferta da rebeldia e da desobediência, apesar de hoje a terra não se abrir para engolir vivos tais transgressores, não quer dizer que, que tamanho pecado não sérias conseqüências.
Por meio de tal arma, o inimigo tem semeado discórdia pelas igrejas, assim, travando o crescimento do corpo de Cristo, que é a igreja. Ai daqueles que servirem de pedras no caminho de outros, e por meio de tais testemunhos forem responsáveis pela perdição de outros. Antes de pensar em conspirar contra qualquer servo do Altíssimo Deus, deve-se seguir o exemplo de Atos 1:4-5:
“Certa ocasião, enquanto comia com eles, deu-lhes esta ordem: Não saiam de Jerusalém, mas esperem pela promessa de meu Pai, da qual lhes falei. Pois João batizou com[1] água, mas dentro de poucos dias vocês serão batizados com o Espírito Santo. “
Deve-se orar mais e conspirar menos. Pois Deus não se agrada de tais ações, pois, separam as pessoas de Deus.
Por Alexandre Marques
*Este texto é um fragmento do livro SER DIFERENTE: É BIZARRO OU SUCESSO que ainda está em fase de produção. Se interessar tem o texto completo com porções de comentários e mais detalhado.
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