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Corpo e Mente Juntos

Radio Advento | 2:30 AM |

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Sintomas físicos ou mentais que uma pessoa apresenta num momento de sua vida podem ser uma forma dela estar na realidade. Há sofrimentos emocionais que promovem alterações funcionais de órgãos em nosso corpo e daí surgem sintomas físicos psicossomáticos (no corpo, mas originados na mente).
Parece que quanto mais uma pessoa somatiza, ou seja, “joga” para o corpo o que é emocional, mais ela se distancia da cura da vida e mais ela se afasta da percepção do que teria que ser enfrentado para ser curado de verdade. No processo de cura verdadeira é necessário, em muitos casos, passar pela percepção consciente do indivíduo a causa do sofrimento, para poder fazer-se novas decisões que serão saudáveis no estilo de vida.
Portanto, nosso corpo ajuda nossa mente a lidar com aquilo que a mente sozinha pode não estar capacitada naquele momento da vida a administrar. É quando surgem sintomas psicossomáticos. Veja um exemplo.
No filme “Melhor é Impossível”, com Jack Nicholson, havia uma garçonete que sufocava o filho que tinha asma. A asma é um sufoco, e aquela mãe sufocava a criança com superprotecionismo. No fundo ela queria proteção para ela mesma. Ela era tão ativa e independente, como precisaria de proteção, não é? Quando ela chorou amargamente tomando consciência de seu vazio interior, de sua falta de um companheiro que a pudesse amar, ela pôde lidar com sua dor porque estes sentimentos que se tornaram conscientes estavam antes escondidos e aparentemente não a perturbavam, só que ela canalizava tudo para o excesso de cuidado para com o garoto. Ela sufocava o garoto que poderia ser uma maneira de tentar sufocar seus próprios sentimentos de solidão.

Assim que ela libertou o menino de sua excessiva proteção, ele começou a melhorar da asma. Ele foi deixando de ser sufocado pela asma e pela mãe. E a mãe se sentiu mais aliviada porque estava aprendendo a lidar com suas emoções difíceis de forma consciente. O menino já havia usado os melhores remédios para a asma. Estava em tratamento convencional há tempos, e sem cura. A cura começou a chegar quando, finalmente, começou a acontecer a cura da vida. Dele e da mãe.
O paradigma anterior era: o menino precisa da mãe desesperadamente e diante de qualquer ameaça de perde-la ele piorava da asma. A mãe “precisava” da asma do filho para que sua vida tivesse um sentido, ou seja, para não precisar tomar consciência de suas dores emocionais pessoais.
O paradigma posterior foi: o menino poderia receber o amor da mãe sem sufoco e a mãe poderia se acalmar e confiar na capacidade do menino viver sem sua superproteção, o que significa que ela poderia também viver com seus sentimentos mais difíceis em nível consciente e lidar com eles de maneira construtiva. Não seria mais necessário ter um sintoma físico na vida para viver. Esta é cura para a vida.
Menos do que isto é tratamento de sintomas, que tem seu lugar, mas que não resolve o problema básico da pessoa, que pode envolver necessidade de autovalorização, intimidade afetiva, perdão, confiança, amar e ser amado.
Sintomas, portanto, podem ser conseqüência da necessidade daquela pessoa expressar pelo seu corpo aquilo que está em conflito na mente. Pode ser uma forma de evitar se confrontar com sentimentos dolorosos e difíceis. É como se a mente dissesse para o corpo: “Você pode me dar uma ajudinha? Pois este conflito aqui em cima está tão difícil para mim!” Então o corpo “absorve” o sofrimento mental no processo que chamamos de “somatização”, e a pessoa pode experimentar certo alívio mental, mas padecer fisicamente. Geralmente os especialistas médicos irão, então, tratar esta parte física comprometida. Mas e a causa?
Fonte ; Portal Natural

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