Qual a relação entre alimentação e memória?
Esquecer assuntos importantes do
dia-a-dia, no trabalho, com amigos e família, confundir compromissos,
dificuldade de concentração, faltar a eventos ou descrever fatos que
aconteceram no dia anterior com dificuldade são acontecimentos comuns para
muitas pessoas. Se isso também faz parte da sua rotina, saiba que a
melhora deste quadro não está longe do seu alcance.
A relação da alimentação e a
função cognitiva é amplamente discutida e muitos estudos apontam que boas
escolhas alimentares influenciam as atividades cerebrais pela presença de
compostos importantes que protegem o cérebro dos efeitos negativos dos radicais
livres.
Dentre as extensas funções
cerebrais, a memória exerce papel fundamental, influenciada pelas interações
dos fatores genéticos e ambientais. Podemos citar alguns destes fatores
externos capazes de causar prejuízos no aprendizado e memória:
- O estresse crônico pode
prejudicar o armazenamento da memória, assim como o desenvolvimento de
alterações de humor e ansiedade;
- O consumo excessivo de
gorduras do tipo trans, presentes em biscoitos, bolos, bolachas recheadas e
outros alimentos industrializados;
- A exposição crônica a
metais que são neurotóxicos como o chumbo presente, por exemplo, em algumas
tinturas para cabelos;
- Carência de vitaminas e
minerais, como a vitamina A (presente, por exemplo, na cenoura, abóbora, batata
doce, tomate), vitamina E (abacate, óleos vegetais), zinco (cereais integrais,
feijão, grão-de-bico, lentilha, castanhas) e vitaminas do complexo B (feijões,
cereais integrais, verduras, legumes).
E inversamente, muitos
nutrientes, fitoquímicos e compostos bioativos estão relacionados com a
regulação positiva da memória e cognição:
- Flavonoides: presentes em
alimentos como frutas, verduras, cereais, cacau e vinho. Esses compostos
possuem habilidade em proteger neurônios vulneráveis e estimular a regeneração
neuronal;
- Curcumina: Presente na
planta Curcuma longa, conhecida como cúrcuma ou açafrão-da-terra, tem sido
relacionada com a capacidade de prevenir a morte de neurônios e melhora do
reparo neural;
- Colina: Presente nos ovos
e também na lecitina de soja, a colina é um importante nutriente para a
construção das membranas celulares, exercendo importante função para o
desenvolvimento do cérebro e memória ainda no feto;
- L-teanina: Evidências
indicam que este composto encontrado nos chás pode auxiliar nas atividades que
demandam cognição.
Esses alimentos podem fazer parte
de um plano alimentar equilibrado, que deve respeitar as necessidades e
características individuais, visando assim a melhora do estado nutricional.
Muitas vezes, as pessoas não
possuem a percepção de quanto a alimentação está fortemente envolvida com os
sintomas do dia-a-dia: mau humor, falta de disposição, dificuldade de
aprendizagem, ansiedade, falta de concentração, nervosismo, entre outros. Sabemos
que não é a inclusão apenas de um ou outro alimento que será responsável pela
melhora da saúde cerebral e função mental. Porém, a mudança de hábitos
alimentares equivocados acontece proporcionalmente com vontade pessoal em mudar
a sua própria qualidade de vida.
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