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Dormir mal traz doenças

Cris Viana | 9:12 AM |

Estudos recentes revelam que dormir bem é necessário não apenas para descansar, mas para evitar doenças. Saiba o que a falta de sono provoca em sua saúde física e mental.
Cada vez mais, médicos neurologistas, cardiologistas e psicólogos discutem a importância do bom sono e seus benefícios. O surgimento de novas tecnologias na área de saúde, que permitem entender o funcionamento do cérebro nas horas de repouso e os malefícios causados por seus distúrbios, tem demonstrado que há muito mais por trás do sono do que o simples fechar dos olhos.
Não sem motivo, o número de pesquisas e tratamentos para insônia cresce a cada ano, embora ainda há poucas estatísticas sobre os hábitos da população. A Academia Brasileira de Neurologia (ABN), em pesquisa realizada em 2005, revelou que 53,9% sofre de problemas com a qualidade do sono e 43% revela sinais de cansaço durante o dia em decorrência dos distúrbios. O Instituto do Sono, fundado por médicos da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) iniciou no ano passado um grande levantamento sobre o hábito de dormir do brasileiro e até o final do ano apresentará os resultados.
Segundo a neurologista Anna Karla Alves Smith, membro dessa instituição, os estudos mais freqüentes referem-se a problemas respiratórios e à insônia.

O corpo responde
Além do descanso físico e mental, o sono é responsável por vários processos metabólicos que, se alterados, podem desequilibrar nosso corpo a ponto de, a médio e longo prazo, comprometer seriamente a saúde. “O ritmo cerebral fica mais rápido, a produção hormonal é afetada, o coração não descansa, há sobrecarga de adrenalina e a pressão aumenta, pois o coração trabalha mais. Com isso, há a possibilidade de desenvolvimento de doenças como infarto e acidente vascular cerebral (AVC)”, diz Anna Karla.

O  sono na berlinda

* Nos últimos 40 anos, a população está dormindo 25% a menos do tempo total de sono, revela estudo da Universidade de Warwick e da College London, ambas no Reino Unido. A redução de sete para cinco horas dormidas dobra o risco de infarto ou derrame.

* A saúde da mulher é mais afetada pelo sono ruim do que a do homem, segundo estudo da Universidade Duke, dos EUA, o que aumenta a possibilidade de ela sofrer, além de doenças cardíacas, diabetes, inflamações, depressão e hostilidade.

* Homens que dormem menos de cinco horas por noite correm alto risco de se tornarem obesos, segundo estudo da Nihon University, do Japão, além de ter maior chance de desenvolver diabetes.

O que acontece com o corpo de quem não dorme bem
 Ganho de peso 
Dormir pouco faz você ter vontade de ingerir mais calorias do que seu corpo precisa, especialmente alimentos açucarados e com amido. Com duas noites sem dormir o suficiente, pessoas que participaram de uma pesquisa nos EUA apresentaram mais hormônios grelina (aquele que induz à fome) e menos leptina (que reduz o apetite). O risco neste caso é a obesidade

Desenvolve diabetes tipo 2
A glicose é o combustível das células do seu corpo. Pessoas que dormem mal por seis dias seguidos normalmente desenvolvem resistência à insulina, o hormônio que ajuda no transporte da glicose da corrente sangüínea para as células, revelou uma pesquisa da Universidade de Chicago. Em outro estudo, testes mostraram que pessoas que dormem menos de seis horas à noite e acham natural dormir pouco não podem metabolizar o açúcar corretamente. A longo prazo poderão desenvolver o diabetes tipo 2.



Baixa no sistema imunológico
Pessoas que dormiram pouco durante dez dias consecutivos aumentaram o nível da proteína C-reativa, que é um indicador de inflamação associada a doenças cardíacas e auto-imunes. Os riscos, a longo prazo, são: inflamação que pode desencadear doenças no coração, derrame (AVC) e diabetes tipo 2.

Depressão
Depois de uma noite mal dormida, pessoas cansadas ficam menos felizes, pois o sono e o humor são regulados pela mesma química cerebral. A longo prazo, isso se transforma em depressão.


Envelhecimento precoce 
As alterações orgânicas causadas pelos distúrbios do sono agem sobre a saúde das células, com reflexos que chegam também à pele, causando envelhecimento precoce.


Sofre de hipertensão ou doenças cardiovasculares
Estudo da Universidade de Chicago aponta que cochilos inesperados causados pela elevação dos níveis de cortisol, o hormônio do estresse, cujo ápice acontece à tarde ou à noite, aumentam o ritmo cardíaco, a pressão sangüínea e a glicose no sangue. Os riscos, a longo prazo, são: hipertensão, doenças do coração e diabetes tipo 2.

Fonte: Viva Saúde

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