Dormir mal traz doenças
Estudos recentes revelam que dormir bem é necessário
não apenas para descansar, mas para evitar doenças. Saiba o que a falta
de sono provoca em sua saúde física e mental.
Cada vez mais, médicos neurologistas, cardiologistas e psicólogos
discutem a importância do bom sono e seus benefícios. O surgimento de
novas tecnologias na área de saúde, que permitem entender o
funcionamento do cérebro nas horas de repouso e os malefícios causados
por seus distúrbios, tem demonstrado que há muito mais por trás do sono
do que o simples fechar dos olhos.
Não sem motivo, o número de pesquisas e tratamentos para
insônia cresce a cada ano, embora ainda há poucas estatísticas sobre os
hábitos da população. A Academia Brasileira de Neurologia (ABN), em
pesquisa realizada em 2005, revelou que 53,9% sofre de problemas com a
qualidade do sono e 43% revela sinais de cansaço durante o dia em
decorrência dos distúrbios. O Instituto do Sono, fundado por médicos da
Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo
(Unifesp) iniciou no ano passado um grande levantamento sobre o hábito
de dormir do brasileiro e até o final do ano apresentará os resultados.
Segundo a neurologista Anna Karla Alves Smith, membro dessa
instituição, os estudos mais freqüentes referem-se a problemas
respiratórios e à insônia.
O corpo responde
Além do descanso físico e mental, o sono é responsável por vários processos metabólicos que, se alterados, podem desequilibrar nosso corpo a ponto de, a médio e longo prazo, comprometer seriamente a saúde. “O ritmo cerebral fica mais rápido, a produção hormonal é afetada, o coração não descansa, há sobrecarga de adrenalina e a pressão aumenta, pois o coração trabalha mais. Com isso, há a possibilidade de desenvolvimento de doenças como infarto e acidente vascular cerebral (AVC)”, diz Anna Karla.
Além do descanso físico e mental, o sono é responsável por vários processos metabólicos que, se alterados, podem desequilibrar nosso corpo a ponto de, a médio e longo prazo, comprometer seriamente a saúde. “O ritmo cerebral fica mais rápido, a produção hormonal é afetada, o coração não descansa, há sobrecarga de adrenalina e a pressão aumenta, pois o coração trabalha mais. Com isso, há a possibilidade de desenvolvimento de doenças como infarto e acidente vascular cerebral (AVC)”, diz Anna Karla.
O sono na berlinda
* Nos últimos 40 anos, a população está dormindo 25% a menos do tempo total de sono, revela estudo da Universidade de Warwick e da College London, ambas no Reino Unido. A redução de sete para cinco horas dormidas dobra o risco de infarto ou derrame.
* Nos últimos 40 anos, a população está dormindo 25% a menos do tempo total de sono, revela estudo da Universidade de Warwick e da College London, ambas no Reino Unido. A redução de sete para cinco horas dormidas dobra o risco de infarto ou derrame.
* A saúde da mulher é mais afetada pelo sono ruim do que a do homem,
segundo estudo da Universidade Duke, dos EUA, o que aumenta a
possibilidade de ela sofrer, além de doenças cardíacas, diabetes,
inflamações, depressão e hostilidade.
* Homens que dormem menos de cinco horas por noite
correm alto risco de se tornarem obesos, segundo estudo da Nihon
University, do Japão, além de ter maior chance de desenvolver diabetes.
O que acontece com o corpo de quem não dorme bem
Ganho de peso
Dormir pouco faz você ter vontade de ingerir mais calorias
do que seu corpo precisa, especialmente alimentos açucarados e com
amido. Com duas noites sem dormir o suficiente, pessoas que participaram
de uma pesquisa nos EUA apresentaram mais hormônios grelina (aquele que
induz à fome) e menos leptina (que reduz o apetite). O risco neste caso
é a obesidade
Desenvolve diabetes tipo 2
A glicose é o combustível das células do seu corpo. Pessoas
que dormem mal por seis dias seguidos normalmente desenvolvem
resistência à insulina, o hormônio que ajuda no transporte da glicose da
corrente sangüínea para as células, revelou uma pesquisa da
Universidade de Chicago. Em outro estudo, testes mostraram que pessoas
que dormem menos de seis horas à noite e acham natural dormir pouco não
podem metabolizar o açúcar corretamente. A longo prazo poderão
desenvolver o diabetes tipo 2.
Baixa no sistema imunológico
Pessoas que dormiram pouco durante dez dias consecutivos
aumentaram o nível da proteína C-reativa, que é um indicador de
inflamação associada a doenças cardíacas e auto-imunes. Os riscos, a
longo prazo, são: inflamação que pode desencadear doenças no coração,
derrame (AVC) e diabetes tipo 2.
Depressão
Depois de uma noite mal dormida, pessoas cansadas ficam
menos felizes, pois o sono e o humor são regulados pela mesma química
cerebral. A longo prazo, isso se transforma em depressão.
As alterações orgânicas causadas pelos distúrbios do sono
agem sobre a saúde das células, com reflexos que chegam também à pele,
causando envelhecimento precoce.
Sofre de hipertensão ou doenças cardiovasculares
Estudo da Universidade de Chicago aponta que cochilos
inesperados causados pela elevação dos níveis de cortisol, o hormônio do
estresse, cujo ápice acontece à tarde ou à noite, aumentam o ritmo
cardíaco, a pressão sangüínea e a glicose no sangue. Os riscos, a longo
prazo, são: hipertensão, doenças do coração e diabetes tipo 2.
Fonte: Viva Saúde
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