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Autoregulação e Vínculo Emocional na Síndrome do Pânico

Radio Advento | 3:30 AM |


autoregulacaoEVinculoEmocionalPodemos aprender a lidar com nossa ansiedade de maneira que evitemos problemas pela perda de controle emocional, como a crise de pânico.

Crise de pânico é um transbordamento da ansiedade. Ansiedade é um fenômeno mental natural, uma reação emocional saudável que ocorre quando algo nos ameaça. Pode ser ameaça contra nossa vida física ou contra nossa segurança emocional. Na crise de pânico, a resposta emocional de ansiedade é intensa, exagerada, repentina. Crise de pânico é um ataque agudo de ansiedade alta.

Todos possuímos ansiedade que é sinônimo de angústia e que filósofos chamam de "angustia existencial". O profeta Naum, no Antigo Testamento na Bíblia diz que "não virá a angústia a segunda vez." (cap. 1 verso 9). A primeira é essa dessa vida. Na vida eterna a ser começada após o Juízo Final, logo após a vinda de Jesus em breve, não mais existirá angústia, nem tristeza, nem ódio, nem medo, nem injustiça, porque tudo de ruim terá passado. (Apocalipse 21:3 e 4).

A ansiedade de origem não espiritual, mas psicológica, pode ser muito perturbadora e pode se manifestar num nível físico, através de pressão arterial alta, taquicardia, sudorese, etc., num nível emocional, como sentimentos de apreensão, insegurança, medo exagerado, etc., bem como num nível cognitivo, com preocupação excessiva, pensamentos trágicos, obsessões, etc.

A pessoa na crise de pânico tende a interpretar reações normais do corpo como se fossem perigosas. Ela nutre pensamentos catastróficos que aumentam mais ainda a ansiedade que dispara respostas fisiológicas do corpo, etc.

As crianças, mesmo bebês, podem ser educados a desenvolverem autocontrole emocional. Nas escolas convencionais, particulares ou públicas, se ensina tanta coisa, matemática, informática, inglês, espanhol, balé, literatura, geografia, etc., Não conheço ainda nenhuma escola que ensine como obter controle emocional.

A mãe tem um papel fundamental neste ensino porque ela, em geral, passa mais tempo com o bebê. O pai também, claro, deve participar dessa educação emocional do filho. Dependendo do estado emocional da mãe e do pai, o bebê pode iraprendendo a ter, ou não, autocontrole emocional. Nas pessoas com síndrome do pânico não é raro encontrar aquelas em que a função de autoregulação emocional esteja deficiente. Ou seja, ela se sentem facilmente ansiosas e vulneráveis diante de reações em seu próprio corpo.

Estudos revelaram que pessoas muito ansiosas tiveram mães ansiosas, hiperativas, que ao invés de acalmarem a criança, a agitavam, provocando susto em cada pequeno evento na vida da criança, como um tropeção, ou quando a criança colocou a mão no chão, ou deu espirros. Este tipo de mãe, diante disto, ficava apavorada, pensava em coisas trágicas, falava nervosamente com a criança, ao invés de acalmá-la. Daí, esta criança cresceu com um nível de resposta emocional ansiosa mais alto que a média. Cresceu com baixa tolerância à sinais internos em seu corpo, interpretando-os tragicamente quase sempre.

É comum a pessoa com pânico querer alguém perto para se sentir mais segura. Ela tenta compensar a dificuldade de autoregulação e controle da ansiedade (ou os sinais fisiológicos dela) através do vínculo com alguém. Em geral, só se sente segura e sem crise quando está junto de alguém confiável com quem desenvolve conexão emocional. Algumas dizem que quando perdem esta conexão, ocorre a crise de pânico. A conexão com uma pessoa confiável parece oferecer proteção pelo vínculo, até que a pessoa aprenda a ter autoregulação e autocontrole.

A regulação pelo vínculo se desenvolve quando, por exemplo, a mãe acalma a criança assustada, pegando-a no colo, falando com serenidade, assim, ajudando a diminuir a ansiedade da criança. É comum indivíduos com pânico terem tido experiências de vínculo traumáticas, com perdas, abandono, rompimento de relações, morte, etc. Há uma relação grande entre a sensação de pânico e crises de ansiedade disparadas por experiências de separação na infância.

Pessoas com pânico precisam desenvolver confiança no seu corpo (cuidando da saúde, fazendo exames médicos), confiança nos vínculos, e confiança em que ela mesma pode lidar construtivamente, sem pavor, com sua ansiedade e angústia. Ela não irá morrer se ficar sozinha. Sua ansiedade não é você. Aprender a lidar com sua angústia é uma tarefa das mais importantes na vida.

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