Vergonha alheia da inveja

Pedro era semelhante à maioria de nós. Ele desejava avaliar a comissão de João antes de aceitar a sua própria. Será que João receberia uma posição mais elevada, um título melhor, oportunidades maiores? Com quanta frequência perdemos o sublime e singular chamado que Cristo dá a cada um de nós, comparando-o com o dos outros. Com quanta frequência padrões e valores culturais de posições, poderes, salários, tamanho de escritório ou lar, e posses materiais nos enfeitiçam e ficamos cegos, incapazes de ver o que nos foi confiado.
As comparações nos levam à competição; e a competição leva à consternações. Intrometemo-nos na vida alheia e complicamos a nossa. E o Mestre diz: “Reivindique o que lhe dei; assuma a responsabilidade do chamado que lhe faço, e ponha-se a caminho. Não se importe com o que vou dar aos outros. Siga-me, você!”
Reflita: cada um de nós foi chamado para ser discípulo e recebeu uma tarefa e oportunidade únicas do Senhor. A questão não é como nossa tarefa se compara com a dos outros; nosso dever é descobrir e realizar aquilo que vem da direção do Senhor. Isso nos deixará tão ocupados que teremos pouco tempo para avaliar o modo pelo qual os outros estão seguindo ao Senhor. O ciúme será trocado pelo gozo de saber que o Senhor está operando em nós e nos outros. “Inveja é o desconforto mental causado pela consideração de um bem que desejamos, obtido por alguém que achamos não deveria consegui-lo antes de nós”
(John Locke). – Texto escrito por Lloyd Ogilvie.
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