Relacionamentos sufocantes não dão certo!
Você conhece algum casal que vive como se só eles existissem? Que se isolam de amigos e familiares porque a paixão é tanta que parece que eles se bastam?
O início de um relacionamento de namoro geralmente é uma fase de bastante encantamento. O casal está se conhecendo e o sentimento de paixão faz com que eles se liguem o tempo todo, se vejam com frequência, pensem um no outro constantemente e até mesmo se esqueçam dos amigos e da família por um tempo, dando total atenção à pessoa recém conquistada.
Mas, com o passar do tempo, o “volume” da paixão vai se equilibrando, e a rotina do casal geralmente volta ao normal, saindo com amigos, estando com a família, se envolvendo em novos projetos de estudo e trabalho, enfim, continuando juntos, mas sem o exagero de antes.
No entanto, alguns casais continuam permitindo, com o passar do tempo, que o relacionamento ocupe mais espaço do que o necessário em suas vidas.
A questão é que não é incomum esses casais se separarem depois de um tempo. Mas, como assim uma separação, logo de um casal que “se bastava”, que era tão unido, tão apaixonado?
O fato é que preservar a individualidade é fundamental para a construção de um relacionamento saudável e que continue interessante. Se as duas pessoas ou uma pessoa do relacionamento começa a se anular demais para agradar sempre o outro e vai perdendo sua individualidade, a tendência é que ela vá se tornando desinteressante porque geralmente a forma peculiar de cada um ser foi aquilo que chamou a atenção um do outro no início do namoro.
Mas, por que uma pessoa (ou as duas envolvidas) pode começar a se anular para agradar o outro, ou esperar que o outro se anule totalmente para agradá-la? Isto pode acontecer porque a ideia de amor que é transmitida frequentemente nos meios de comunicação é bastante idealizada, como se o outro fosse preencher exatamente tudo em nós e nós fôssemos preencher tudo no outro. E, assim, uma pessoa pode deixar de lado seu próprio jeito de ser ou seus amigos, seus sonhos e desejos a fim de se encaixar na vida de alguém para um
relacionamento “perfeito”, para que não haja nenhuma discussão, nenhuma briga, nenhum desentendimento.
relacionamento “perfeito”, para que não haja nenhuma discussão, nenhuma briga, nenhum desentendimento.
Mas, a ausência de desentendimentos ou discussões não é sinal de relacionamento perfeito. Aliás, para o crescimento e desenvolvimento de um relacionamento, é preciso que haja as trocas de ideias que, vez ou outra, culminará em uma discussão, que poderá ser resolvida de forma madura entre o casal. Este é o desafio e a necessidade para o desenvolvimento de um relacionamento maduro.Se o casal nunca discute, é provável que estejam evitando compartilhar com o outro opiniões contrárias ou desejos diferentes dos do outro em prol da figura de um relacionamento perfeito, mas a tendência é que, no futuro, este casal comece a se sentir angustiado com o fato de não poderem ser quem realmente são um para o outro e surjam surpresas em formas de pensar e atitudes que faziam parte da personalidade daquela pessoa, mas que foram ocultadas por um tempo para que desse a impressão de estarem em um relacionamento perfeito, sem ideias diferentes, sem planos de vida diferentes, como um conto de fadas.
Por isso, o casal que se isola demais, que se anula demais, que exige que o outro tenha os mesmos pensamentos e comportamentos, devem reavaliar esta atitude, perguntando a si mesmos: “Será que eu estou sendo eu mesmo nesta relação?” e “Será que eu estou permitindo que o outro seja ele mesmo nesta relação?”. Quando as duas pessoas conseguem ser elas mesmas e aceitar as diferenças existentes entre um e outro, geralmente o relacionamento deixa de ficar sufocante e passa a ser mais saudável e real.
Via Novo Tempo
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