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Ìdolos

Bruno Torres | 4:44 AM |

Ellen G. White comenta em “Patriarcas e Profetas” que a figura do ídolo apareceu muito cedo na História, antes mesmo do dilúvio, e com uma boa intenção. Os seus fabricantes queriam ajudar as novas gerações a conhecerem a existência de Deus, mas o fato de Ele não ser visível e palpável parecia um entrave. Os ídolos, então, apareceram com funções didáticas, mas as consequências de querer reduzir a uma forma hominídea o que é transcendente foram trágicas: as pessoas passaram a atribuir àquelas estátuas de madeira e barro parecidas com homens as qualidades dos próprios homens, com seus defeitos todos. Cedo, portanto, na História do mundo, os deuses se tornaram irascíveis, caprichosos, teimosos, distraídos e vingativos. Assim, o padrão moral se reduziu drasticamente, redundando no ambiente que albergou a catastrófica história do dilúvio.
Pois bem, o ídolo é algo que pretende ser Deus mas que é menos do que Ele. Ora, a Bíblia adverte em milhares de passagens distintas contra os perigos da idolatria e temos dito por aí que a idolatria modernamente seria colocar alguma coisa no papel de centralidade e senhorio absoluto que é de Deus e dEle apenas. Tenho pra mim, contudo, que a idolatria pode ser bem mais do que isso.
Tome-se a imagem do Deus vivo que temos no cristianismo: Jesus Cristo. “Quem me vê a mim vê o pai”, Ele afirmou para Filipe (João 14:9). Pois bem, Ele disse que deveríamos guardar Seus mandamentos. Disse que os mandamentos podem se resumir a “amar a Deus e ao próximo”. Disse que veio para nos proporcionar o perdão e que o que se espera de nós na sequência é que saiamos por aí multiplicando esse perdão. “Nisso conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (João 13:35). Para dar cumprimento a esses mandamentos (que, graças ao poder que Ele nos confere, “não são penosos”), Ele ensinou que devemos ser humildes e pacificadores, devemos oferecer a outra face, abster-nos de reivindicar alguns de nossos direitos, pensar no bem estar dos outros antes de no nosso próprio e outras medidas impopulares.
Muito bem, se este é o nosso Deus, aquele a quem pretendemos estar adorando com nossos cânticos e orações, bem, se este é o nosso Deus e nós nos recusamos a fazer o que Ele diz, estamos adorando um deus que é menos do que Deus de fato é. Se nosso Deus é só o bom pastor para nós e os nossos, estamos adorando um deus que é menos do que Ele é de verdade. O cristão que não tem forças para amar e que está disposto a perdoar é um idólatra. Tem um deus pela metade no altar.

Fonte: Bíblia Sagrada

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