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Se pregar fosse trabalho para mim, não teria escolhido ser pastor, diz Pr. Bullón

Radio Advento | 5:00 AM |


Alejandro Bullón, formado em Teologia, possui o título de Doutor honoris causa outorgado pela Universidade Peruana Unión. Trabalhou durante 38 anos como conselheiro de jovens e de pastores na América do Sul. O Pastor Bullón é peruano de nascimento e brasileiro de coração. Viaja pelo mundo, dirigindo cruzadas evangelísticas em igrejas, ginásios e estádios. É autor de 17 livros, alguns publicados em espanhol, inglês, português, francês e russo. Muito conhecido por ter sido apresentador do programa de televisão em português “Está Escrito”. É ouvido em mais de 200 emissoras de rádio e é visto na internet.
O pastor apresenta a série A Grande Esperança via satélite para cerca de 15 mil auditórios no Brasil e para a rádio Novo Tempo, até o dia 24 de novembro.
Confira entrevista a Rádio Novo Tempo:
Rádio Novo Tempo – Pastor, uma de suas ilustrações mais famosas é a história do mamão. Você continua apreciando mamão?
Pr.Bullón - Eu, por natureza, como poucas frutas. E destas poucas frutas, o mamão é uma delas.
RNT – O pastor sempre faz questão de dizer que sua mãe foi fundamental em sua formação. Agora, quem foi o Pai do Pr. Bullón e qual a importância da família para o início de seu ministério?
PB - Meu pai se converteu dois meses antes de sua morte. Sem ser um cristão, era um moralista, um homem correto, de procedimentos direitos, um homem de palavra. E para ser um homem correto, não precisa ser cristão. Você pode não ter Deus e ser um homem correto, só que isto não te salva.
Por isso, a gente tem que entender: se comportamento salvasse, qualquer um, sem Deus, com bom comportamento se salvaria. Mas quem salva é Jesus Cristo. Meu pai nunca bebeu, nunca fumou, nunca traiu minha mãe, que eu saiba. Foi um exemplo para todos, mas não tinha Cristo e, graças a Deus, o aceitou antes de falecer.
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Se pregar para mim fosse trabalho, nunca teria escolhido ser pastor. Pregar é a razão de minha vida
Pr.Bullón
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RNT – Qual foi o seu primeiro sermão?
PB - O primeiro sermão eu preguei com 12 anos de idade. E foi um sermão que decorei, peguei de uma revista. Lembro o título, era a origem do mal. Aprendi tudo de cor e quando estava falando cinco ou seis minutos deu um branco, não lembrava mais nada. Sai correndo do púlpito, assustado, e pensei que nunca mais pregaria em minha vida. O meu primeiro sermão, então, foi meio traumático para mim.
RNT – Quem entra no site do Ministério Bullón percebe rapidamente que sua agenda é cheia, mesmo cinco anos após sua aposentadoria.  Você pensa em, de fato, em algum momento, se aposentar?
Digo uma coisa: A pregação não é trabalho. Se pregar para mim fosse trabalho eu nunca teria escolhido ser pastor. Pregar é a paixão, a razão de minha vida. Pregar é uma benção que Deus me dá.
O que cansa não é pregar, mas a pressão, ter que estar na reunião, mostrar resultados. Isso para mim acabou, já estou aposentado. Eu prego não porque alguém me prepara um programa. Não tenho que pedir licença a ninguém para sair ou entrar. Agora a vida é minha.
Se quiser dormir o dia inteiro, durmo. Ninguém tem que dizer nada. Eu pensava que quando me aposentasse dormiria até meio dia, mas todo dia, seis horas da manhã já estou de pé, mas não porque tenho que fazer isto, mas porque quero, porque decidi fazer assim.
Então, a pregação, para mim, é a razão de minha vida. Acho que vou parar de pregar quando a morte silenciar meus lábios, mas enquanto tiver vida vou continuar fazendo aquilo que Deus me chamou para fazer. Se parar de pregar, minha vida perde o sentido, acho que morro.
RNT – Ano passado, assistimos ao filme a Janela, produzido por você, que abordou a questão do relacionamento matrimonial e, especialmente, o relacionamento do casal com Jesus e o que o casal pode fazer pelo próximo. Por que você quis produzir sobre este tema?
PB - Porque acho que a família é um dos pontos básicos na vida da igreja. Quanto temos famílias saudáveis, temos igrejas saudáveis; quando temos famílias quebradas, temos igrejas quebradas.
Mas acabo de produzir o segundo filme, intitulado o retorno, e conta a história de um rapaz que sai da igreja e a forma como sofre longe de Deus e, finalmente, retorna a Jesus Cristo. Acho que esse filme fará uma revolução na vida da igreja. Acho que trará muita gente que está afastada da igreja.
Produzir um filme não é barato, não é fácil, mas acho que é uma ferramenta poderosa para transmitir a mensagem.
 RNT – Você sempre teve uma relação muito próxima com a música, sempre valorizou o trabalho da palavra cantada, especialmente em seus apelos. Agora, fora dos púlpitos, a dita música gospel ganhou o Brasil e perde apenas para o sertanejo universitário. São diversos estilos dentro da música gospel. Como você analisa este cenário? Isto é positivo para a expansão do reino de Deus?
PB – A música tem mais poder para tocar o coração que a palavra. O Espirito santo usa o pregador até certo ponto, mas chega um momento em que já não pode usar a palavra falada, precisa usar a música e aí entra o cantor evangelista, o coral, o quarteto.
Assim como a vida do pregador precisa estar nas mãos de Deus, a vida do cantor também. Assim como o pregador pode confundir as coisas e se sentir estrela, e o dia em que isto acontecer estará perdido, porque Deus não poderá usá-lo mais, assim o cantor também pode se sentir estrela.
Nós temos que ter espirito de serviço. O que importa não é o nome, a fama, mas o que importa é servir na hora em que chamarem aonde chamarem, seja para muitos ou para poucos. Este tem que ser o lema do cantor ou do grupo evangelista.
RNT – Estamos em mais um grande momento de pregação da palavra de Deus na língua portuguesa, na série a grande Esperança. O que você sente ao olhar para a plateia e saber que milhares ou milhões de pessoas estão ouvindo a voz de Deus através de sua mensagem nos diferentes veículos de comunicação?
PB – Fico agradecido a Deus porque a tecnologia que é usada para destruir vidas, porque a tecnologia destrói milhões de vidas, essa tecnologia é usada também a serviço de Deus para salvar vidas. O que pouca sabe é que o evangelista talvez seja o que menos trabalhou e o que menos fez. O que pouca gente sabe é que por trás desse trabalho, que só o evangelista aparece, tem dezenas ou até centenas de pessoas anônimas que trabalham.
Quando o evangelista sai para descansar, esses meninos ainda estão trabalhando. Eu chego agora para pregar, faltando meia hora para o culto, mas há quatro ou cinco horas tem gente suando e esse trabalho nunca será visto. O trabalho do evangelismo via satélite não é apenas do pregador, mas de uma equipe que as pessoas não conhecerão, mas cujas atividades estão sendo registradas no céu.
RNT – Pastor, há décadas você prega sobre a volta de Jesus; dedicou sua vida a esta mensagem e a prega novamente na série A Grande Esperança. Quando Jesus vai voltar?
Gostaria muito de saber, mas não sei. Tenho um lema para mim mesmo: vou trabalhar todos os dias como se jesus não fosse voltar, mas vou viver e depender de Jesus como se este fosse meu último dia    e Jesus fosse voltar hoje.
Fonte : Novo tempo
Por Daniel Nunes

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