Seja Bem Vindo ao site Cheio de Esperança

Níveis Diferentes de Cura

Radio Advento | 3:30 AM |


niveisDiferentesDeCuraPodemos procurar um médico só para ter o alívio de algum sintoma, ou podemos procurar ter uma mudança profunda da vida e não só dos sintomas. Veja um exemplo do filme do Jack Nicholson.

Não estamos necessariamente prontos para a cura de algo que nos faz sofrer quando desejamos esta cura. Ir a um médico não quer dizer buscar a cura verdadeira. Pode-se buscar a cura dos sintomas, daquilo que incomoda superficialmente, ainda que o sofrimento ou a queixa que conduz ao médico seja algo muito desagradável e preocupante. Uma coisa é a cura dos sintomas outra coisa é a cura da vida.

Sintomas físicos ou mentais que uma pessoa apresenta num momento de sua vida podem ser uma forma dela estar na realidade. Há angústias ou sofrimentos emocionais que promovem alterações funcionais de órgãos em nosso corpo e daí surgem sintomas físicos psicossomáticos (no corpo mas originados na mente). Sintomas, portanto, podem ser conseqüência da necessidade daquela pessoa expressar pelo seu corpo aquilo que vai na mente conflitante. Pode ser uma forma de evitar se confrontar com sentimentos dolorosos e difíceis. É como se o corpo dissesse para a mente Então o corpo "absorve" o sofrimento mental no processo que chamamos de "somatização".

Parece que quanto mais uma pessoa somatiza, ou seja, "joga" para o corpo o que é emocional, mais ela se distancia da cura da vida e mais ela se afasta da percepção do que teria que ser enfrentado para ser curado de verdade. O processo de cura verdadeira precisa, em muitos casos, passar pela percepção consciente do indivíduo da causa do sofrimento, da verdade pessoal, para poder fazer-se novas decisões que serão saudáveis no estilo de vida.

Portanto, nosso corpo ajuda a mente a lidar com aquilo que a mente sozinha pode não estar capacitada naquele momento da vida a administrar. Pensamentos e sentimentos podem ser inconscientizados, podem ser suprimidos ou reprimidos inadequadamente. A pessoa pode escapar de pensar, perceber e refletir sobre certas condições de sua vida e como conseqüência não encontrar soluções construtivas. Isto provoca sintomas, que podem ser mentais, como ansiedade, pânico, fobia, depressão, obsessão-compulsão, etc.; ou podem ser físicos como, hipertensão arterial, enxaqueca, dores musculares, manchas roxas na pele, asma, queimação no estômago, diarréia, prisão de ventre, e tantas outras enfermidades psicossomáticas. Veja um exemplo.

filme-melhor-e-impossivelNo filme "Melhor é Impossível" havia uma garçonete que sufocava o filho que tinha asma. A asma é um sufoco, e aquela mãe sufocava a criança com super protecionismo. No fundo ela queria proteção para ela mesma. Como? Você pode dizer: "Se ela era tão ativa e independente como precisaria de proteção?" Quando ela chorou amargamente tomando consciência de seu vazio interior, de sua falta de um companheiro que a pudesse amar, ela pôde lidar com sua dor porque estes sentimentos que se tornaram conscientes estavam antes escondidos e aparentemente não a perturbavam, só que ela canalizava tudo para o excesso de cuidado do garoto. Ela sufocava o garoto que poderia ser uma maneira de tentar sufocar seus próprios sentimentos de solidão.

Assim que ela libertou o menino de sua excessiva proteção, ele começou a melhorar da asma. Ele foi deixando de ser sufocado pela asma e pela mãe. E a mãe se sentiu mais aliviada porque estava aprendendo a lidar com suas emoções difíceis conscientemente.

O menino já havia usado os melhores remédios para a asma nos Estados Unidos. Estava em tratamento convencional há tempos. Sem cura. A cura começou a chegar quando, finalmente, começou a acontecer a cura da vida. Dele e da mãe.

O paradigma anterior era: o menino precisa da mãe desesperadamente e diante de qualquer ameaça de perde-la ele piorava da asma. A mãe "precisava" da asma do filho para que sua vida tivesse um sentido, ou seja, para não precisar tomar consciência de suas dores emocionais pessoais. O paradigma posterior foi: o menino poderia receber o amor da mãe sem sufoco e a mãe poderia se acalmar e confiar na capacidade do menino viver sem sua superproteção, o que significa que ela poderia também viver com seus sentimentos mais difíceis em nível consciente e lidar com eles de maneira construtiva. Não seria mais necessário ter um sintoma físico na vida para viver. Esta é cura para a vida.

Menos do que isto é tratamento de sintomas, que tem seu lugar, mas que não resolve o problema básico da pessoa: autovalorização, intimidade afetiva, perdão, confiança, amar e ser amado.

Sintomas, portanto, podem ser conseqüência da necessidade daquela pessoa expressar pelo seu corpo aquilo que vai na mente conflitante. Pode ser uma forma de evitar se confrontar com sentimentos dolorosos e difíceis. É como se a mente dissesse para o corpo: "Você pode me dar uma ajudinha, pois este conflito aqui em cima está tão difícil para mim!" Então o corpo "absorve" o sofrimento mental no processo que chamamos de “somatização”, e a pessoa pode experimentar certo alívio mental, mas padecer fisicamente. Geralmente os especialistas médicos irão, então, tratar esta parte física comprometida. E a causa?

Category: