Por que não devemos julgar?
Todas as relações
sociais exigem o exercício do domínio próprio, indulgência e simpatia. Diferimos
tanto uns dos outros em disposições, hábitos e educação, que variam entre si
nossas maneiras de ver as coisas. Julgamos diferentemente. Nossa compreensão da
verdade, nossas idéias em relação à conduta de vida, não são idênticas sob
todos os pontos de vista. Não há duas pessoas cuja experiência seja igual em
cada particular. As provas de uma não são as provas de outra. Os deveres que
para uma se apresentam como leves são para outras mais difíceis e inquietantes.
Tão fraca
ignorante e sujeita ao erro e a natureza humana, que todos devemos ser
cautelosos na maneira de julgar o próximo. Pouco sabemos da influência de
nossos atos sobre a experiência, quando, se nossos olhos se abrissem, veríamos que
daí resultam as mais importantes consequências para o bem ou para o mal.
Muitas pessoas
têm desempenhado tão poucas responsabilidades, seu coração tem experimentados tão
pouco as angústias reais, sentido tão pouca perplexidade e preocupação em
auxiliar o próximo, que não podem compreender o trabalho de quem tem verdadeiras
responsabilidades. São tão incapazes de apreciar seus trabalhos, como uma
criança de compreender os cuidados e
fadigas do preocupado pai. A criança admira-se dos temores e perplexidades do
pai: parecem-lhe inúteis. Mas quando os anos de experiência forem acrescentados
à sua vida, quando tiver de carregar as
próprias responsabilidades, olhará de novo para a vida do pai, e compreenderá,
então, o que outrora lhe era incompreensível. A amarga experiência deu-lhe o
conhecimento.
A obra de muitas
pessoas que tem responsabilidades não é compreendida, não são apreciados seus
trabalhos, enquanto a morte os não abate. Quando outros retomam as funções que
eles exerciam, e enfrentam as dificuldades que eles encontraram, compreendem o
quanto sua fé e coragem foram provadas. Muitas
vezes perdem de vista então, os erros que estavam tão prontos a censurar. A
experiência ensina-lhes a simpatia. É
Deus quem permite que os homens sejam colocados em posições de responsabilidade.
Quando erram, tem poder para os corrigir, ou para os retirar do cargo que
exercem. Devemos acautelar-nos de não tomar em nossas mãos o direito de julgar,
que pertence a Deus.
Ordena-nos o
Salvador: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com
que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós”
Mateus 7:1 e 2
Fonte: O Melhor da Vida (EGW)
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