Isso acontece porque a pele das mãos é
muito mais fina do que a que recobre o resto do corpo e está exposta a
ventos fortes, à radiação UV, à fumaça de cigarro, ao uso de detergentes
e sabões, fatores que contribuem para a desidratação e o envelhecimento
acelerado desta região. "O processo biológico feminino de
envelhecimento também é um fator contributivo e o fim da produção de
estrogênio, na época da menopausa, afeta a produção de colágeno, que dá
às mãos uma aparência carnuda. Com a passagem do tempo, a quantidade de
gordura sob a pele também diminui. Por isso, veias e tendões das mãos
ficam visíveis”, explica a dermatologista Cristine Carvalho, diretora do
Centro de Dermatologia e Estética.
Prevenção
Um
dos fatores mais importantes é evitar a exposição ao sol forte e passar
diariamente um filtro solar com FPS 30 ou acima. “Como uma parcela dos
raios solares ultrapassa o vidro das janelas, é importante aplicar o
protetor, mesmo se estiver dentro de casa. No carro, mantenha um frasco
com filtro solar e passe o protetor nas mãos antes de dirigir. Assim,
você previne manchas e preserva o colágeno da pele”, alerta Cristine
Carvalho, que também é chefe do Departamento de Fototerapia do Instituto
BWS.
Tratamentos
· Cremes hidratantes:
além do filtro solar, é preciso usar hidratantes que contenham uréia,
lactato de amônio, ácido hialurônico, vitamina C, ácido ascórbico ou
silicone. “Após uma consulta com um dermatologista, o profissional pode
recomendar também o uso de um creme com ácido retinóico à noite. É
importante lembrar que o tratamento a base de cremes hidrata, melhora a
textura da pele e retarda o envelhecimento das mãos, mas não remove as
manchas já existentes”, afirma a dermatologista.
· Laser para manchas:
o tratamento com laser ou luz intensa pulsada é indicado para remover
manchas senis e vasos, jogando um calor específico naquela estrutura. O
calor transforma-se em energia e destrói total ou parcialmente esta
estrutura, que depois é metabolizada como uma substância estranha ao
organismo. “Após algumas sessões, as manchas desaparecem ou são
suavizadas. O laser queima a mancha sem agredir a pele. Depois da sessão
surgem casquinhas que caem em duas semanas. A recuperação ocorre em
cerca de 12 dias, sem dor ou ardor no local”, conta.
· Peelings químicos:
os peelings à base de ácido tricloroacético, retinóico e glicólico
removem manchas e melhoram a qualidade do colágeno. “O ácido é colocado
somente na mancha ou em toda a mão, provocando uma queimadura com
crosta, que irá agredir e depois eliminar o pigmento. Este tratamento
requer muitos cuidados após o tratamento, pois a pele fica muito
sensível. O peeling funciona melhor para pessoas de pele clara. Quem tem
pele negra ou morena não deve se submeter a esse tratamento, sob risco
de as manchas se agravarem”, avisa a diretora do CDE;
· Nitrogênio líquido ou crioterapia:
é um elemento químico em forma líquida aplicado na mancha. A aplicação é
em forma de spray, provocando uma queimadura pelo frio. O local fica
branco, depois, avermelhado pelo congelamento. “O tratamento funciona
provocando uma queimadura pelo frio, que tem interação com o pigmento. A
queimadura irá provocar descamação e clareamento. O pigmento sai com a
crosta e a pele fica lisa. A intensidade da queimadura é proporcional ao
tempo de permanência do jato. A recuperação ocorre em cerca de 15 dias.
A crioterapia oferece risco de hipopigmentação, principalmente em peles
escuras”, alerta.
· Ácido hialurônico injetável:
o ácido hialurônico absorve muita água. Por conta dessa
característica, surgiram formulações com ele que, quando injetadas na
pele, incrementam a hidratação local e fazem o preenchimento cutâneo
na área da mão. “O efeito é pele rejuvenescida e mais firme. Para o
tratamento dar certo, é preciso repetir a aplicação algumas vezes por
ano”, informa Cristine Carvalho.
· Radiofrequência:
o aparelho com ondas de rádios que atingem as manchas provoca um tipo
de queimadura que irá eliminar a mancha. A recuperação ocorre em cerca
de 10 dias.