Heroísmo constante
Não podemos deixar de admirar o heroísmo constante de Elias. O homem está só, de pé diante do rei e naturalmente cercado por guerreiros armados e fiéis a Acazias, que poderiam tê-lo matado com um golpe de lança (2 Re 1:1-18). O homem de Deus, no entanto, nunca pensou nessa possibilidade. Estava tão convencido, tão dedicado ao seu Senhor, que a ideia de autoproteção jamais passou por sua mente.
O heroísmo de homens e mulheres piedosos é demonstrado pela sua disposição para enfrentar condições desagradáveis e até mesmo ameaçadoras com notável calma. Eles agem com firmeza, embora isto signifique incorrer em impopularidade pessoal. Nada detém o seu zelo em obedecer a Deus, sem se importar com as consequências. A mensagem DELE é da maior importância. Ponto final.
Poucos na história da igreja possuíram essa qualidade de heroísmo apaixonado em maior medida que Martinho Lutero. Foi asseverado que ele era talvez o mais destemido que já viveu. “Podem esperar tudo de mim menos medo ou retratação. Não fugirei, muito menos me desdirei”, declarou Lutero em sua momentosa viagem para Worms.
Os amigos de Lutero se preocupavam com a segurança dele. Temendo os graves perigos à frente, eles procuraram dissuadi-lo. Mas a simples ideia de não ir o desgostava. Ele disse: “Não ir pra Worms! Irei para Worms embora possa haver tantos demônios quanto telhas nos telhados”.
Em ocasião posterior, enquanto aguardava uma audiência diante de todos os prelados da igreja, perguntaram a Luterno se tinha então medo. “Medo? Maior que o papa e todos os seus cardeais, temo ainda mais esse grande paga, o EGO”.
Elias elevou-se acima dos seus inimigos, do seu rei e até de si mesmo enquanto mantinha heroicamente sua posição, transmitia a mensagem de Deus e se recusava a embotar seu corte afiado. Que seus iguais aumentem nestes dias de teologia leviana, do tipo que faz você sentir-se bem, tão popular entre os ministérios superficiais, de tapinhas nas costas.
Desejo que você possa encontrar também o espírito de heroísmo em seu coração.
(Escrito por Charles Swindoll)
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