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O que há por trás das águas?

Radio Advento | 2:13 AM |


A lepra estava devorando as carnes de Naamã.  Enquanto ele podia esconder as purulentas chagas embaixo das vestimentas finas estava socialmente, tudo sob controle. Mas a repugnante chaga começou a mostrar-se, e se tornou impossível continuar negando a sua existência. Existem ocasiões na vida em que a cultura, a educação, os modos refinados, a cortesia, não podem disfarçar nem esconder a triste realidade do pecado.
Naamã tentou de tudo. Afinal de contas, era um homem muito rico, mas o dinheiro não pode comprar certas coisas e o orgulhoso capitão sírio defrontou-se com essa triste realidade. Finalmente, a resposta para seu problema veio dos lábios de uma menina escrava. Naamã não pensou duas vezes. Preparou os carros com muitos presentes e correu para comprar o remédio. Um dos grandes problemas do mundo em que vivemos é que aprendemos a comprar tudo e quando alguém nos oferece algo de graça, olhamos com suspeita, porque nada que é de graça “deve prestar”.
O tratamento de Deus ao problema de Naamã foi completamente diferente do que ele esperava. Naamã pensou que o profeta o receberia com muita cerimônia e que ele seria a estrela da situação, mas com Deus as coisas não funcionam desse modo. O profeta só enviou a ordem de ir ao Jordão e levar-se sete vezes. Naamã ficou indignado e perguntou: “Não são, porventura, Abana e Farfar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel?”
O que Naamã não sabia é que não havia nenhum poder sarador nas águas do Jordão, como não há no batismo ou no fato de ir à frente, aceitando a Jesus. O que o capitão sírio precisava aprender é que os métodos divinos geralmente visam mostrar a insuficiência humana, não porque Ele Se deleite em fazer com que o homem se sinta um bichinho insignificante, mas porque o ser humano precisa entender que a salvação vem de cima, a vida vem de fora, a justiça vem de Cristo.
Ao longo da História o inimigo sempre tentou provar o contrário. “Se comerdes desta árvore sereis como deuses”, disse ao primeiro casal. “Concentre-se em si mesmo e tente tirar a energia interior”, diz hoje. “Pense positivo, Deus está dentro de você, olhe para dentro de você, olhe para dentro, você é seu próprio deus”.
O homem moderno muitas vezes se pergunta: Para que igreja? Para que Jesus? Não são Abana e Farfar melhores do que todas as águas de Israel? Não são, não. Só que para descobrir isto, o homem muitas vezes tem que viver anos de angústia e solidão. – Alejandro Bullon
Fonte : Amilton Menezes

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