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Não é briquendo não

Bruno Torres | 8:38 AM |

As páginas amarelas de Veja publicaram há alguns dias atrás uma interessante entrevista com o jovem pastor norteamericano Rob Bell. Bell fundou a igreja Mars Hill, em Grand Rapids, que cresceu até se tornar uma das maio
res congregações do país. Multimídia, ele aparece em uma série de vídeos de cerca de dez minutos em que faz pequenas e profundas pregações e também publicou diversos livros. Tudo isso fez dele um expoente do cristianismo e por isso mesmo foi grande a controvérsia quando, em seu último livro, defendeu a ideia de que não existe Céu nem inferno.
Na entrevista, Bell afirma que ninguém sabe o que acontece depois da morte, então deveríamos ter mais humildade com esse assunto. E ele tem razão, ao menos se aplicarmos à palavra “sabe” nessa frase o sentido científico de conhecimento empírico.
É no mínimo curioso notar que exista tanta divergência quanto à resposta a essa pergunta essencial do ser humano: “para onde vamos?” Mais curioso ainda é constatar que a esmagadora maioria das teorias a respeito contradizem frontalmente o que a Bíblia afirma. A Bíblia afirma que somos o encontro de um corpo, feito do barro pelo próprio Deus, e do fôlego de vida que Deus sopra (Gênesis 2:7). Assim, o corpo sem o fôlego não é “alma vivente”. O fôlego sem o corpo também não é “alma vivente”. Uma alma, segundo a Bíblia, é a conjugação desses dois fatores. As Escrituras vão mais além quando afirmam que os mortos não sabem coisa nenhuma, não têm consciência, não têm parte alguma em nada que acontece no mundo dos vivos (Eclesiastes 9). O próprio Jesus compara a morte a um sono. Ora, quem está dormindo não está acompanhando o que acontece, muito menos intervindo e tomando parte nas idas e vindas dos humanos vivos.
Quer dizer que ao morrer eu vou para a sepultura? Meu espírito desencarnado não vai pra algum lugar, melhor ou pior? É exatamente isso. Mas em I Tessalonicenses 5 Paulo afirma que não queria que ninguém ficasse em ignorância quanto ao que acontece “aos que dormem”. Ele afirma que quando Jesus voltar a essa Terra, soará o brado e então todos os que morreram “em Cristo” ressuscitarão, ou seja, o corpo reconstruído reencontrará o fôlego de vida e essas pessoas voltarão a viver, dessa vez eternamente ao lado de Jesus.
Rob Bell tem razão quando afirma que ninguém sabe (empiricamente) o que acontece após a morte, mas não tem razão de afirmar que não temos como saber. Paulo disse que ninguém deveria ser ignorante quanto a isso.
Mas a resposta da Bíblia a essa pergunta é tão impopular porque é muito mais confortante acreditar na mentira do “certamente não morrerás” dito pela serpente a Eva e repetido à exaustão pelos séculos afora. É um alívio pensar que vou ter infinitas oportunidades de ser alguém melhor. Se não der nessa vida, tento na outra, então posso pensar em “ser alguém melhor” mais pra frente.
Conhecer o que as Escrituras falam sobre a morte tem como primeiro efeito em nós nos confortar com a certeza do reencontro com nossos queridos que já foram, dormindo em Cristo. O segundo efeito é nos fazer entender que esta vida não é brinquedo. Com a vida não se brinca! Ela é a única bala da agulha, nossa única e final oportunidade de escolher a vida de verdade, a vida eterna.
Estamos sendo constantemente lembrados de que a qualquer momento nossa vida pode ser ceifada. Somos frágeis, somos vulneráveis. Se entendermos que com a vida não se brinca, não adiaremos mais a mais importante das decisões.
É o que lhe desejo hoje.

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