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Às Vezes o Caminho Parece Longe Demais

Radio Advento | 9:30 AM |

Será que existe e qual seria o caminho mais curto para a felicidade?

Ele é. Dura toda uma vida para haver mudanças em nós para melhor. O aprendizado nunca termina. Quando pensamos que já sabemos algo, descobrimos que não sabemos o suficiente. Diante da imensidão do conhecimento só nos resta ser humildes. E manter a mente e o coração abertos para nova luz, nova percepção das coisas e de nós mesmos. Especialmente de nós mesmos.

O auto-conhecimento é interminável. Paira no mundo psicanalítico a discussão acadêmica sobre se uma análise pessoal é interminável. Claro que ela termina em algum momento do que depende da interação analista-analisando. Mas ela parece nunca terminar no sentido de sempre surgir novas perguntas, novas dúvidas e até novas confusões sobre quem somos. O crescimento, portanto, é para sempre.

E parece que o caminho é longo demais, e pensamos: Será que nunca chega ao final? Não conheço ninguém que tenha chegado a um período da vida em que pudesse dizer: ?Alcancei a perfeição!? De repente surge algum novo ângulo de nosso caráter que precisa de melhoramento e que não havíamos percebido antes. Ou nos vemos em uma situação na qual reagimos como antigamente, como que numa recaída comportamental, repetindo algo que não fazíamos quem sabe há tempos, e ... chateia. Dói até. É quando pensamos: ?Novamente? Outra vez esta ?coisa? vem me perturbar?? Só que ?esta coisa? está em nosso comportamento. Faz parte ? ainda ? de nossa personalidade. Parece um intruso porque não a queríamos dentro de nós. Mas é inegável. Ela existe. Ainda. Quanto mais rápido admitirmos que ela ainda existe, melhor poderemos lidar com ela para que ela não assuma o controle de nosso comportamento. E desapareça.

Muitos precisam dar uma volta longa na vida, como os judeus no deserto, que tiveram que peregrinar quarenta anos antes de entrar na Terra Prometida, a qual poderia ser atingida geograficamente em poucas semanas. Temos todos um deserto para caminhar em nossa existência? Sim e não. Sim se considerarmos a necessidade constante de mudança interior que produz naturalmente momentos dolorosos. Não porque podemos escolher não seguir por caminhos que podem ser mais fáceis ou prazerosos mas que conduzem, ao final, à morte, emocional, espiritual e até física.

Felizmente podemos aprender. A vida é terapêutica. E ela nos ensina se quisermos aprender. As tribulações na vida são excelentes professores, se estivermos dispostos a aprender e amadurecer como indivíduos. Não é fácil. Mas é também agradável.

Alguns talvez tenham que passar por alguma cirurgia, internações hospitalares, mudança de cidade, de trabalho, separação conjugal, perda de dinheiro, depressão, profunda angústia, etc., para, finalmente, ter o coração e a mente abertos o suficiente para ver o caminho mais curto e feliz. Alguns nunca conseguem isto porque são por demais obstinados, presunçosos, prepotentes, semi-deuses, resistentes à mudança ou persistentemente pessimistas, reclamadores, dependentes. Não que para estes não haja solução. Sempre há saída para quem a busca. Para os que a buscam, ela chega. E um ingrediente fundamental do caminho mais curto para a paz, a felicidade, a alegria, o acertar na vida enquanto viver com significado, é a entrega e o viver um dia de cada vez. Você já experimentou seguir sentado no banco do carona?

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