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Quinta - Feira, 24 de Abril

Colocando limites para o familiar desequilibrado

Radio Advento | 3:00 AM |

ColocandoLimitesParaOFamiliarPara tudo há um limite. Podemos tolerar algo desagradável por muito tempo, mesmo anos, mas há um momento em que precisamos dizer: “Basta!”.

Para tudo há um limite. Podemos tolerar algo desagradável por muito tempo, mesmo anos, mas há um momento em que precisamos dizer: “Basta!”, e mudar nossa atitude, até para nossa própria sobrevivência física, emocional eespiritual. Mesmo Jesus viveu momentos em que colocou limites firmes para o mal, quando, por exemplo, Se dirigiu a Pedro o qual estava naquele momento possesso. (Mateus 16:23).
 
Só cada pessoa pode determinar qual seu próprio limite. Passar por cima deles nos faz adoecer. Mesmo assim há pessoas que convivem com um alcoólico ou dependente químico na ativa por anos, tolerando abusos dos viciados, sem colocar limites. Há cônjuges que convivem com a infidelidade conjugal conscientemente por razões variadas, sem procurar definir esta condição geralmente cheia de ilusão para quem trai e dolorosa demais para quem é traído e fica sabendo.
 
Porém, uma pessoa saudável conhece os seus limites pessoais e por isso não abusa e nem se deixa abusar. Aceita sua impotência diante de certos fatos e pessoas, toma decisões que visam adquirir a serenidade pessoal ainda que por em volta exista um problema complicado, e aprende a ser feliz. Desliga-se do problema quando compreende que ele não é dela, tratando o abusador com respeito mas com firmeza.
 
No exemplo do alcoolismo, enquanto um familiar sentir-se responsável e até culpado pelo beber descontrolado do outro, provavelmente permanecerá tentando resolver o problema, seja pagando as contas do alcoólico, escondendo ou jogando bebida fora, dando desculpas mentirosas para as pessoas que perguntam pelo alcoólico tentando mascarar a situação dizendo que está tudo bem e que ele(a) teve só um “enjôo” e por isso não foi trabalhar, enquanto na verdade estava bêbado, etc. Isto não ajuda em nada. Porque enquanto a pessoa não assumir as conseqüências dos seus atos, não irá procurar ajuda para mudar. E, infelizmente, algumas pessoas somente procurarão ajuda quando atingirem o “fundo-do-poço” o qual pode ser a prisão, perda do emprego, da família, da moral, dos bens materiais, etc., mesmo assim algumas nunca mudam.
 
Então, é importante o familiar crer que merece paz e serenidade e que o descontrolado não tem o direito de perturbar sua vida indefinidamente. Amar alguém significa colocar limites para os abusos e descontroles dela. Não fazendo isto ajuda-se a pessoa admitir seu descontrole e finalmente aceitar e pedir ajuda.
 
Alguns argumentam que se colocar limites para a pessoa descontrolada a situação irá piorar e que o indivíduo ficará mais nervoso, quebrará coisas em casa, fará ameaças, etc. Os familiares precisam compreender que devem ser honestos desde o início do problema e dizer que há um limite para tudo e que se a pessoa fizer isto ou aquilo (diga para ela o quê) eles terão que tomar uma atitude para sanar o conflito e fazer bem para todos, mesmo que o descontrolado não aceite, não concorde e não queira melhorar.
 
Caso o indivíduo permaneça manipulando, agredindo, não colaborativo, deve-se, com amor e firmeza, tomar uma atitude talvez drástica, como chamar um socorro médico ou outro. Tenha em mente que esta pessoa está doente e não têm o direito de ficar perturbando sua vida por causa dos transtornos mentais ou comportamentais dela e que mesmo que você tenha cometido erros no passado para com ela, não é justo e nem a solução tolerar ameaças e abusos da parte dela.
 
Caso a família permaneça tentando controlar o incontrolável, todos sofrem e nada se resolve. E estamos falando aqui de pessoas adultas, com bom grau de consciência de seus atos, que devem ser responsáveis por suas escolhas e pagar o preço por elas. Mas como em geral elas não querem assumir as conseqüências de seus descontroles, tentando colocar a culpa em todos ao redor, os familiares devem ser firmes, crer que não causaram, não podem controlar e não podem curar o problema.
 
Colocando limites firmes e assim impedindo abusos, pode ser que no futuro a pessoa descontrolada, ao melhorar, venha a entender e até a agradecer por isto. Mesmo que não, há limite para tudo e o familiar merece viver com alguma paz

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